Trabalho escravo na Fazenda Volkswagen é tema de seminário da Universidade de Cambridge

Brasília - Os casos de trabalho escravo ocorridos nas décadas de 70 e 80 na Fazenda Vale do Rio Cristalino (Fazenda Volkswagen) foram tema de seminário promovido pela Universidade de Cambridge nesta segunda-feira (22). O MPT foi representado pelo procurador do Trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena grupo responsável por investigar as irregularidades.

Durante a sua apresentação, o procurador do Trabalho falou sobre a atuação do MPT no caso e ressaltou que depoimentos e documentos requisitados que instruem o procedimento mostram as graves formas de violação dos Direitos Humanos ocorridos na fazenda. Rodrigues destacou que, por essa razão, os crimes praticados na propriedade são imprescritíveis segundo a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

O seminário contou, ainda, com apresentação do padre Ricardo Rezende Figueira, coordenador de grupo de pesquisa sobre trabalho escravo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e responsável pela documentação enviada ao MPT que serviu de base para a investigação do MPT.

A Volkswagen do Brasil se retirou da mesa de negociação com o MPT em audiência realizada no dia 29 de março afirmando que não tem interesse em firmar acordo com a instituição. A negociação envolvia o pagamento de R$ 165 milhões em indenizações a 14 trabalhadores identificados como vítimas, às centenas de outros escravizados que teriam que ser localizados para serem indenizados e às famílias daqueles que foram assassinados segundo relato dos trabalhadores.

COM INFORMAÇÕES SECOM PGT.