MPT em Pernambuco participa de audiência coletiva da semana nacional da aprendizagem

Nesta quarta-feira (11), uma audiência coletiva promovida pelo Fórum Pernambucano de Aprendizagem Profissional (FORAP), em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e com apoio do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE), reuniu cerca de 200 empresas para incentivar o cumprimento da Lei de Cotas no estado. O objetivo do encontro foi sensibilizar os empresários quanto à necessidade de cumprimento da cota de aprendizes, esclarecer dúvidas e fomentar a adesão à legislação vigente.

Além dos órgãos públicos, estiveram presentes aprendizes e instituições formadoras. A audiência contou também com uma palestra do TCE sobre a nova Lei de Licitações, abordando as implicações dessa normativa no cumprimento das cotas.

Durante o evento, a procuradora do Trabalho e coordenadora regional de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes (Coordinfância) do MPT em Pernambuco, Jailda Pinto, destacou a relevância do cumprimento da lei de cotas pelas empresas. "É muito melhor que cada empresa cumpra sua obrigação legal sem a necessidade de uma ação civil pública", afirmou Jailda Pinto.

MPT em Pernambuco participa de audiência coletiva da semana nacional da aprendizagem
MPT em Pernambuco participa de audiência coletiva da semana nacional da aprendizagem

A procuradora enfatizou a importância de proteger a infância de forma efetiva, alertando que muitas crianças sofrem violência desde o ventre de suas mães e são privadas de direitos básicos, como acesso à educação de qualidade e alimentação adequada para o desenvolvimento integral.

Jailda Pinto também trouxe à tona a questão do trabalho infantil, explicando que, a partir dos 14 anos, muitos adolescentes deixam a escola por necessidade de subsistência ou para atender aos desejos de consumo. "É fundamental que as empresas se comprometam com a formação desses adolescentes em situação de vulnerabilidade. O adolescente em cumprimento de medida socioeducativa, muitas vezes, é aquele que teve uma formação escolar deficiente e nunca teve acesso ao mercado de trabalho", afirmou.

A audiência reforçou o compromisso de todos os envolvidos em garantir a inclusão dos adolescentes no mercado de trabalho de forma justa, contribuindo para a redução das desigualdades e para a promoção da harmonia social em Pernambuco.