MPT em Pernambuco convoca as 40 maiores empresas do Estado para seminário sobre empregabilidade das pessoas LGBTQIAPN+
O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco promoveu, no último dia 30 de junho, seminário com o objetivo de sensibilizar e disseminar a cultura da diversidade e da inclusão no mercado de trabalho, com foco na empregabilidade da população LGBTQIAPN+, convocando as empresas a cumprirem seu papel. O evento aconteceu no auditório da sede da Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região e reuniu representantes das maiores empresas do Estado. Apesar das fortes chuvas que ocorreram naquele dia, o auditório estava lotado.
O Seminário foi organizado e mediado pela Procuradora do Trabalho e Coordenadora Nacional e Regional de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho do Ministério Público do Trabalho (Coordigualdade/MPT), Melícia Carvalho Mesel, e contou com a participação do Procurador Regional do Trabalho e Vice-Gerente Nacional do Projeto Empregabilidade LGBTQIAPN+, Eduardo Varandas, que ministrou palestra sobre o assunto.
“O trabalho é um direito fundamental, que deve ser assegurado a todas as pessoas sem qualquer distinção, e lhes garante dignidade e sentimento de pertencimento e realização. As empresas precisam, portanto, mudar sua postura, eliminar seus preconceitos, reavaliar a organização interna para somar a seus valores a diversidade e a inclusão, e, efetivamente, adotar iniciativas que permitam que pessoas LGBTQIAPN+ integrem seus quadros, ali permaneçam e ascendam na carreira, como os demais empregados, o que só trará benefícios, inclusive para a própria empresa, que, melhor espelhando a sociedade na qual está inserida, seguramente lhe prestará um melhor serviço e entregará melhores produtos, aumentando, consequentemente, a sua produtividade e lucro”, afirmou Melícia Carvalho Mesel.
Na oportunidade, os Procuradores apresentaram dados sobre a participação da população LGBTQIAPN+ no mercado de trabalho, que é ínfima, explanaram sobre conceitos pertinentes à temática e abordaram as vantagens de se promover a diversidade na empresa, apresentando casos de sucesso.
“Enquanto o índice de desemprego no Brasil é de 15%, para as mulheres trans, isso chega a 90%. Mais do que colocá-las no mercado de trabalho, é preciso oferecer um ambiente de respeito e segurança para elas”, explicou Varandas. “As empresas precisam estar disponíveis para, junto ao poder público, com campanhas e políticas antidiscriminatórias, mudar a estrutura e oferecer qualidade de vida para a população LGBTQIAPN+”, completou.