Palestra orienta membros e servidores sobre assédio moral no trabalho
MPT recebeu palestra de psicólogo organizacional da Fundacentro que falou sobre transtornos mentais acionados por gatilhos no trabalho
Evento organizado pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e Discriminação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco reuniu na manhã desta quinta-feira (12) membros e servidores para discutir o tema do assédio moral no ambiente de trabalho. Na ocasião, houve palestra do psicólogo organizacional da Fundacentro que falou sobre transtornos mentais acionados por gatilhos no trabalho.
No primeiro momento, a procuradora do Trabalho Maria Roberta Komoru agradeceu em nome da comissão a presença de todos e ressaltou a importância de se falar sobre o assunto. “As situações de assédio moral impactam de forma negativa não só o trabalhador, mas o ambiente de trabalho como um todo, dado a fragilização nas relações e o adoecimento das pessoas,” disse a procuradora.
Em seguida, aproveitando o mês do Setembro Amarelo, o psicólogo organizacional da Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (Fundacentro), José Hélio Lopes Batista, deu início à apresentação intitulada de Meu trabalho tem valor, minha saúde não tem preço, fazendo uma reflexão sobre trabalho e felicidade. O palestrante pediu para que os presentes olhassem para o trabalho na totalidade, os relacionamentos e as atividades e refletissem como esses relacionadas a uma satisfação pessoal. De acordo com ele, uma boa relação com o trabalho é fundamental para uma saúde mental plena.
A palestra seguiu com informações e dados a respeito de saúde mental no ambiente organizacional. Foram mostrados também possíveis gatilhos para transtornos mentais que têm uma ligação direta com as funções laborais. A introdução serviu de base para que o tema central da discussão entrasse em pauta: o assédio moral.
Definido enquanto uma exposição prolongada e repetitiva dos trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes, o assédio moral é uma forma de violência que interfere no bem-estar individual e da organização, nas relações interpessoais. Com exemplos práticos, o psicólogo mostrou possíveis sinais e alertas de situações de assédio, além de expor os reflexos e efeitos que essa prática tem sobre a saúde de quem é assediado.
A Síndrome de Burnout também foi discutida no âmbito dos transtornos mentais relacionados ao trabalho. Caracterizada como distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, o fenômeno pode ser também um fator para o adoecimento mental nas organizações, resultando, muitas vezes, em estado de depressão profunda.
Para finalizar, José Hélio enfatizou a importância de denunciar situações de assédio moral e de pedir ajuda em casos de fragilidade ou dificuldade emocional. Neste caso, no âmbito do MPT é importante procurar o apoio da Divisão de Gestão de Pessoas (DGP), assim como o da Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e Discriminação.
Comissão
A Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral, Sexual e Discriminação do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco é coordenada pela procuradora do Trabalho Maria Roberta Komuro. Fazem parte a também a vice-procuradora-chefe, Lívia Viana de Arruda, e os servidores Ana Paula Neves Souto Maior, Edney Gomes de Sá Carvalho, Ginaldo Sobral Alves de Oliveira e Tiago Felipe Gomes.
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