MPT na Escola | MPT capacita educadores para multiplicar metodologia de combate ao trabalho infantil
Na manhã desta quinta-feira (26), o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco recebeu educadores de 13 municípios para capacitação no projeto MPT na Escola, que visa fortalecer o ambiente escolar como um espaço de conscientização contra o trabalho infantil.
Na ocasião, os presentes receberam material didático, que poderá ser utilizado no trabalho em sala de aula, e foram orientados sobre todos os mecanismos legais de denúncia de casos de trabalho infantil.
O evento foi ministrado pela procuradora do Trabalho Jailda Pinto, que também é titular local da Coordenadoria de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância) do órgão. Os professores tiveram a oportunidade de contar experiências quanto ao combate ao trabalho infantil nas cidades de origem e receberam aconselhamento quanto às medidas legais cabíveis a cada situação e quanto à atuação do MPT em nessas questões.
A capacitação dos educadores deixou ainda os presentes com a missão de orientar pais e alunos contra o mito de que a prática seria uma opção válida. “É na luta contra os mitos que começa toda a luta contra o trabalho infantil. As pessoas precisam saber que estão se condenando a uma vida de exploração”, afirmou Jailda Pinto. De acordo com estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no Brasil, uma criança exposta ao labor precoce precisaria trabalhar por nove gerações para alcançar a renda média do país.
Políticas Públicas
“Além de todo o esforço na educação, é fundamental que a atuação do MPT consiga articulação com políticas públicas de outros órgãos. De nada adiantaria a criança ser tirada da condição de exploração laboral e não encontrar outras alternativas para a subsistência. Ela simplesmente vai voltar ao trabalho. E as alternativas eficazes são políticas de transferência de renda e qualificação profissional da criança e do adolescente para o trabalho futuro, na idade certa”, disse a procuradora.