Polo Gesseiro | Grupo de Trabalho apresenta resultado de atuação durante a pandemia

Mesmo remotamente, o Grupo de Trabalho (GT) do Gesso, formado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela Fundação Getúlio Vargas, deu continuidade à construção do Plano de Desenvolvimento Local (PDL), proposta para garantir melhores condições de trabalho na cadeia produtiva do gesso do Sertão do Araripe. Na última terça-feira (16), os envolvidos na iniciativa reuniram-se para avaliar o trabalho realizado contingencialmente, em função da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), e definir os próximos passos do projeto.

Na ocasião, a FGV, contratada pela OIT para a construir o PDL, apresentou o resultado das entrevistas, conduzidas online, com atores da cadeia produtiva do gesso. Das quatro etapas previstas para a conclusão do documento, a FGV já está na fase de conclusão da terceira delas. A quarta e última fase do projeto será marcada pela realização de um webinar, que irá promover o encontro dos envolvidos na cadeia produtiva e apresentar o plano de intervenção na íntegra. A perspectiva é que o evento virtual aconteça ainda este ano, na segunda quinzena de novembro.

“A atuação do GT em 2020 foi bastante prejudicada pela pandemia, uma vez que nosso objetivo inicial era construir esse documento através de oficinas presenciais no Sertão do Araripe. Com toda incerteza sobre o fim da pandemia, optamos por dar continuidade ao trabalho remotamente, para que o projeto não fosse inviabilizado. Tivemos algumas dificuldades no processo, sobretudo na comunicação com os representantes dos municípios, mas conseguimos conduzi-lo de forma satisfatória”, explica o coordenador do GT do Gesso e procurador-chefe-substituto do MPT em Pernambuco, Rogério Sitônio.

Além de Rogério Sitônio, representaram o MPT na reunião os procuradores do Trabalho Adriana Gondim, Gustavo Chagas e Leonardo Osório. O encontro, realizado via videoconferência, ainda contou com a participação de representantes da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC), da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) e de algumas empresas que também aderiram ao projeto.

GRUPO DE TRABALHO

Desde 2015, o MPT acompanha a situação de trabalho na localidade, através de inspeções, audiências públicas, assinatura de compromissos de ajustamento de conduta e o ajuizamento de demandas coletivas contra empresas, com o intuito de garantir melhorias no meio ambiente de trabalho no setor. A última força-tarefa realizada pelo MPT no Sertão do Araripe aconteceu entre 2 e 6 de dezembro de 2019. Na operação, que contou com o apoio do Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram fiscalizadas 47 empresas, entre mineradoras, calcinadoras e plaqueiras.