Empregabilidade e inclusão do público LBGTQI é tema de palestra do MPT em evento
Na próxima quarta-feira (7), a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco Melícia Carvalho Mesel participa do seminário “O projeto de um país conservador: a invisibilidade de grupos LGBTQI no mercado de trabalho”, promovido pelo Grupo de Prevenção de Acidentes de Trabalho da 6ª Região (Getrin6). A atividade, que é gratuita, ocorre a partir das 9h, na Faculdade Instituto de Desenvolvimento Sustentável (Ide), localizada na Rua Manoel de Brito, 311, no Pina. As inscrições podem ser feitas através do e-mail: eventos.crpe@fundacentro.gov.br.
Com o intuito de discutir os desafios enfrentados pela população LGBTQI no mercado de trabalho e traçar medidas de combate à violência no universo laboral e de promoção à inclusão, o seminário leva para debate participantes das mais diversas áreas. Na programação, além da procuradora do Trabalho Mélicia Carvalho Mesel, participam outros nomes de destaque em favor da causa: a professora de Sociologia da UFPE Dandara Capibaribe; a advogada da Ong GESTOS, Kariana Guérios de Lima; o promotor de Justiça da 8ª Promotoria de Direitos Humanos do Recife, Maxwell Lucena Vignoli; a presidente da Comissão de Orientação e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia, Patrícia Bleuel Amazonas, e a primeira advogada trans do estado e deputada pelo mandato da Alepe/Juntas, Robeyoncé Lima.
Melícia Carvalho Mesel, que atua como coordenadora titular regional da Coordenadoria de Combate à Discriminação no Trabalho do MPT, fala sobre a importância de levantar a bandeira junto à sociedade. “Precisamos repensar a dinâmica das relações de trabalho, percebemos que a maioria dos locais não são receptivos a todos. Muitas dessas pessoas não chegam nem a acessar o trabalho em razão da discriminação. Quais estratégias podemos definir para permitir que esse cenário seja transformado?”, questionou a procuradora.
Confira a programação.
Intolerância e LGBTfobia no mercado de trabalho
De acordo com pesquisa do LinkedIn Brasil, feita com mais de mil profissionais de diversos setores e regiões do país, metade dos entrevistados LGBT já falaram abertamente com colegas a respeito da orientação sexual, enquanto a outra metade diz não ter contado à ninguém.
Em relação ao preconceito no ambiente de trabalho, 35% dos entrevistados LGBT afirmaram já ter sofrido algum tipo de discriminação velada ou direta. A maior parte da discriminação foi feita diretamente por colegas. Cerca de 12% dos entrevistados que sofreram algum preconceito afirmaram ter sofrido discriminação direta ou velada por líderes da empresa, incluindo gestores. O estudo revelou que piadas e comentários homofóbicos foram os mais citados entre as formas de discriminação.