Procurador do MPT participa de oficina sobre trabalho infantil em Tabira

O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, por meio do procurador Ulisses Dias de Carvalho, participou do projeto “UFPE no meu quintal”, na última quinta-feira (21), em Tabira, no Sertão do Pajeú. Na ocasião, foi feita uma oficina sobre trabalho infantil, atividade direcionada a membros da gestão municipal e alunos da Universidade Federal de Pernambuco.

O projeto, intitulado “Trabalho Infantil: conhecer para enfrentar”, contou com a presença de educadores sociais, professores, técnicos da administração pública, agentes culturais de esporte e lazer, entre outras figuras ligadas a atuação direta com o público de crianças e adolescentes. 

A ideia é ampliar o debate sobre a questão do trabalho infantil, como forma de conscientizar os agentes públicos e a população em geral acerca do tema. “As questões relacionadas ao trabalho infantil nunca estão isoladas, por isso que falamos tanto em rede de proteção à criança e ao adolescente”, afirmou Ulisses.

Procurador explica os danos do trabalho infantil

Dados

O Brasil tinha até 2016 a meta de erradicar as piores formas de trabalho infantil, mas ela não foi atingida. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2015), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou o número de 2,672 milhões de crianças e adolescentes, na idade entre 5 a 17 anos, que trabalham no Brasil. A pesquisa aponta que trabalho infantil, entre 2013 e 2014, aumentou 4,5% no país.

Em Pernambuco, houve um aumento de cerca de 12% nos números. Antes, eram 109.000. Atualmente, são 122 mil. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), 85 milhões de crianças no mundo estão enquadradas nas piores formas de atividades. Esse número corresponde a 51% do total do trabalho infantil no mundo.

UFPE no meu Quintal

A atividade é um projeto de extensão da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que propõe aos alunos da instituição vivências em campo de conceitos abordados na graduação. O projeto tem seis eixos de atuação: meio ambiente; tecnologias sociais e desenvolvimento humano; saúde; educação; cultura; justiça e cidadania, os quais possam contribuir para a capacitação e desenvolvimento da comunidade local onde é periodicamente. Assim, as populações carentes do interior do estado podem ter diálogo e acesso com as atividades acadêmicas.