Colegas de profissão relembram experiências vividas com o procurador José Adilson

Por ocasião do recente falecimento do procurador do MPT José Adilson Costa, a Assessoria de Comunicação do órgão reuniu recordações de profissionais ligados à atuação do direito do Trabalho no estado de Pernambuco que conviveram diretamente e construíram laços de amizade com ele. Membros e servidores do MPT, além de profissionais de outros órgãos da seara trabalhista local, conversaram com a reportagem, lembrando do convívio com Adilson.

DEPOIMENTOS

“Neste momento de imensa dor, prestamos o reconhecimento ao excepcional ser humano e colega que acaba de nos deixar. Adilson deixa contribuição inegável para o Ministério Público do Trabalho por todas as Regionais por onde passou, além de deixar traços indeléveis de amizade, cortesia e simplicidade”, Alberto Balazeiro, procurador-geral do Trabalho.

“Adilson era pura leveza. Alma boa e solidária. Profissional ímpar! Deus, certamente, o chamou para compor o exército dos justos.” Ana Carolina Ribemboim, procuradora-chefe do MPT em Pernambuco.

“Adilson foi um Procurador excepcional. Além do talento e da competência como profissional, foi uma pessoa sensível, amiga e alegre. Deixará uma lacuna insubstituível no MPT e nas vidas dos que com ele conviveram.” Rogério Sitônio Wanderley, procurador do Trabalho.

"Adilson foi, sem dúvida um dos mais sensíveis membros do Ministério Público do Trabalho no Brasil. Era uma pessoa múltipla, no mais profundo sentido do termo. Além de ter trilhado um caminho, um itinerário tão exemplar e significativo para todos nós, era uma belíssima criatura humana ao mesmo tempo em que se apresentava como um procurador seguro e firme nas suas convicções e atitudes, exibindo sempre um olhar e um sorriso amáveis, carinhosos e solidários. Era um verdadeiro formador de amigos." Waldir de Andrade Bitu Filho, procurador Regional do Trabalho, decano do MPT em Pernambuco.

“Adilson dedicou sua vida às boas relações e afetos, construindo um círculo significativo de amigos e admiradores pelo caráter e relevante trabalho dedicado à promoção e defesa dos direitos sociais, em atenção diária para a efetividade da missão que abraçou na Auditoria Fiscal do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho. Sempre foi professor dos colegas pela excelência de seu trabalho. Guardo muitas memórias alegres com ele e o respeito e o carinho inerentes à pessoa querida que foi.” Adriana Gondim, procuradora do Trabalho.

“Ele era uma pessoa muito comprometida com o trabalho, que chegava na procuradoria muito cedo e saía tarde e que tinha um trato muito humano com todos. Em momentos de lazer, ele sempre fazia questão de fazer algo, marcar os aniversários dos servidores fazendo um bolo, juntando todo mundo pra cantar parabéns… Foi assim nesse último aniversário dele, no último mês de janeiro. Ele mesmo cozinhou o bolo, em casa, à mão, e o levou para a PTM. Nós, servidores, só tivemos que fazer um rateio para os refrigerantes e as coxinhas, mas ele mesmo que fez o bolo. Ele dizia que a surpresa dele, ele mesmo que fazia.” Humberto Alves Pedrosa, Secretaria da Procuradoria do Trabalho no Município de Caruaru.

“Defensor incansável de todas as causas do MPT, Adilson conseguia aliar competência , dedicação e inteligência com bom humor, amizade e carinho. Ele tocou os corações de todos e de todas que tiveram o privilégio e a honra de com ele conviver. Sabia como ninguém a forma de dizer o que pensava, agir conforme seus princípios e valores. Ele deixou um pouco de si em cada um de nós . Um amigo, um presente.” Jailda Pinto, procuradora do Trabalho.

"Eu conhecia Adilson há décadas, desde que eu tinha quinze anos. Ele era muito amigo de minha mãe e de várias outras pessoas do MPT, que eram amigos-irmãos pra ele. Décadas trabalhando junto, vivendo junto, aprendendo junto, viajando junto... Realmente, ali, ele fez amizades de uma vida, e uma dessas amizades é a minha mãe. Então Adilson me conhecia há muitos anos, acompanhou muitas fases minhas: adolescência, aprovação no concurso, aprender a ser procuradora do Trabalho, aprender a ser adulta... Ele me acompanhou por muito tempo e ele realmente era parte de uma família estendida pra mim. A gente tem a família de sangue e tem a família de coração, e ele é um desses amigos de minha mae que eu tinha como parte de minha família estendida. Então perdê-lo foi um baque muito grande. É como perder uma referência que eu tinha na minha vida." Lorena Bravo, procuradora do Trabalho.

“Adilson era uma pessoa muito querida. Eu tinha uma relação pessoal com ele desde 2001, quando a gente estudou junto na Escola de Magistratura Trabalhista. Sempre sentimos que tínhamos muito em comum, por gostarmos muito do direito trabalhista e dos direitos coletivos também. Fizemos uma amizade muito grande lá, e voltamos a nos encontrar quando eu vim para o MPT trabalhar como assessora jurídica e ele começou a carreira como auditor fiscal do Trabalho. Havia muito intercâmbio nas nossas atuações, porque na época havia um esforço grande de combate às fraudes nas relações de trabalho em cooperativas, então seguimos fazendo muita coisa juntos, de modo que os laços foram aumentando ainda mais. Foi aí que começamos a estudar juntos, com um grupo que se reunia na minha casa, para os concursos para procurador do Trabalho. Ele dava muitas aulas nesse grupo, ajudando a todos, e passamos juntos no mesmo concurso, que foi o 13º. Era um grande estudioso do Direito. Em um primeiro momento, ele foi mandado para Marabá, no Pará, e eu para Araguaína, no Tocantins, mas mantivemos contato, sobretudo por telefone. Quando ele foi para Caruaru, eu já estava na cidade, de modo que nossa amizade se aprofundou muito, porque além da vida profissional, acabamos fazendo parte de um grupo que se encontrava sempre fora da procuradoria. Ele tinha o talento muito especial de somar nos ambientes, cozinhava divinamente bem, a nível profissional e com cardápios de porte internacional, e chamava os amigos para esses jantares. Ao todo, a memória que me fica de Adilson é a de uma pessoa que pode ser resumida em duas palavras: competência, porque ele atuava com excelência em tudo o que fazia, e alegria, porque ele sempre estava leve e animado, sempre conseguia fazer uma piada adequada no momento certo e te fazer rir… Enfim. É um amigo que ao todo vai deixar muita saudade, eu tenho certeza, não só pela ausência do profissional que foi para o MPT, mas também pela ausência dessa pessoa, amiga de todos, que ele foi.” Maria Roberta Komuro, procuradora do Trabalho.

“A vida de Adílson foi um estória de luta e superação. Teve uma infância paupérrima, mas aprendeu, desde cedo, que precisava estudar para ter uma vida melhor. Agarrou-se aos livros e nunca os largou. Foi um profissional exemplar, quer como bancário, quer na fiscalização do trabalho e no MPT. Sempre buscando aperfeiçoar sua atuação e enfrentar temas duros e polêmicos, deixou sua marca em todas as instituições por onde passou.” Vanessa Patriota, procuradora do Trabalho.

“Se tivemos um mestre, esse mestre é Adilson. “Chefinho”, como nós o chamamos, porque esse é o lugar de chefe-amigo-mestre-irmão que nos ensinava e nos obedecia, elevava o nível das discussões e nos provocava a estudar mais, a aprofundar mais, a trabalhar mais e a rir mais. Um grande exemplo de pessoa, que superou todos os desafios e se transformou em um gigante. Com ele nos sentimos fortes e corajosos para enfrentar todas a dificuldades, caminhar por todas as trilhas e, quem sabe, conquistar o mundo, porque ele fez isso a vida inteira com sabedoria, determinação e generosidade. Nos ensinou que a vida é um eterno aprendizado, que exige um esforço enorme, mas que sempre podemos e devemos nos ajudar uns aos outros. Adilson, para nós um irmão muito querido, realmente é diferente e faz a diferença como amigo, como pessoa e como profissional. Amigo tão querido que trouxe a força da dedicação e do amor a sua missão, sendo sempre um exemplo de excelência em tudo que realizou. Muita gratidão pela oportunidade de trazê-lo em nossos corações e compartilharmos tantos momentos com esse ser humano maravilhoso, firme, brilhante, humilde, irônico e muito amoroso. Pedimos a Deus que nos dê, e a sua família, conforto por essa perda inestimável.” Nossa homenagem, que é coletiva: colegas Auditores Fiscais do Trabalho em Pernambuco.